Este fim-de-semana estive ausente, em visita de estudo com alguns dos meus alunos. Este post poderia bem ser sobre o trabalho não remunerado (e em prejuízo da vida pessoal...) que os professores têm nestas alturas e que ninguém sabe nem comenta (é muito mais giro falarem das férias que temos ou do facto de não fazermos nada..aham). Mas não.
Por questões relacionadas com a logística da visita e preparação de actividades, fui obrigada a ir na véspera (Sexta-Feira) para o local a visitar e a levar o meu carro.
Lá estacionei mesmo à entrada do edifício, pois tinha muitos materiais para descarregar. No dia seguinte, chegaram os meus alunos e reconheceram o meu carrito no estacionamento. Quando um dos seguranças se apercebeu, veio pedir-me que retirasse o carro pois não é permitido estacionar ali, só durante o tempo mínimo indispensável para efectuar cargas e descargas. Eu lá fui remover a viatura com três alunos a esvoaçar à minha volta a pedir para os deixar andar comigo no popó.
Lá acedi. Vieram comigo dentro do carro percorrer cerca de 20 metros em terra batida. Mal entraram no carro acharam tudo "um espectáculo", mas o sucesso total foi a caixa automática que eles nunca tinham visto. "Ehhh láaaaa como é que isso funciona? Isso muda mesmo sozinho? Altamente!!!!" Lá expliquei como funcionava e demonstrei a passagem da 1ª mudança para a 2ª em modo automático e, da 2ª para a 3ª em modo sequencial. É óbvio que, para isso acontecer, tive de acelerar um bocadinho mas nada, mesmo nada de especial. Qual não é o meu espanto quando os ouço a fazer comentários do tipo "parece que estamos a fazer RALLY!".
Eu sei, eu sei que o meu carro é um maquinão. Que os 1000 cc de cilindrada e os 69 cv de potência são uma coisa parva, além do binário que é algo que extravasa tudo que se possa imaginar. O ronco do motor faz-se sentir de uma forma magnífica. Daí até estarmos a fazer rally, ainda vai alguma distância. Mas eles acharam que não. Que era mesmo como rally. Hoje na escola comentava-se (entre os alunos que estiveram no carro e os que não foram à visita de estudo) que protagonizámos um autêntico Dakar, o que convenhamos, até é verdade. Só que foi um Dakar muito, muito pequenino. Como aquele que não chegou a acontecer, no ano passado.
À velocidade a que as notícias correm e a acrescentar "pontos aos contos" desta maneira, presumo que, lá para Sexta-Feira, se ouça dizer que o meu carro é o Space Shuttle, no mínimo.
O que vale, é que são crianças que se contentam com pouco. E eu, orgulhosamente, sinto que partilho agora um pouco mais com a Elisabete Jacinto, do que simplesmente a profissão.
Por questões relacionadas com a logística da visita e preparação de actividades, fui obrigada a ir na véspera (Sexta-Feira) para o local a visitar e a levar o meu carro.
Lá estacionei mesmo à entrada do edifício, pois tinha muitos materiais para descarregar. No dia seguinte, chegaram os meus alunos e reconheceram o meu carrito no estacionamento. Quando um dos seguranças se apercebeu, veio pedir-me que retirasse o carro pois não é permitido estacionar ali, só durante o tempo mínimo indispensável para efectuar cargas e descargas. Eu lá fui remover a viatura com três alunos a esvoaçar à minha volta a pedir para os deixar andar comigo no popó.
Lá acedi. Vieram comigo dentro do carro percorrer cerca de 20 metros em terra batida. Mal entraram no carro acharam tudo "um espectáculo", mas o sucesso total foi a caixa automática que eles nunca tinham visto. "Ehhh láaaaa como é que isso funciona? Isso muda mesmo sozinho? Altamente!!!!" Lá expliquei como funcionava e demonstrei a passagem da 1ª mudança para a 2ª em modo automático e, da 2ª para a 3ª em modo sequencial. É óbvio que, para isso acontecer, tive de acelerar um bocadinho mas nada, mesmo nada de especial. Qual não é o meu espanto quando os ouço a fazer comentários do tipo "parece que estamos a fazer RALLY!".
Eu sei, eu sei que o meu carro é um maquinão. Que os 1000 cc de cilindrada e os 69 cv de potência são uma coisa parva, além do binário que é algo que extravasa tudo que se possa imaginar. O ronco do motor faz-se sentir de uma forma magnífica. Daí até estarmos a fazer rally, ainda vai alguma distância. Mas eles acharam que não. Que era mesmo como rally. Hoje na escola comentava-se (entre os alunos que estiveram no carro e os que não foram à visita de estudo) que protagonizámos um autêntico Dakar, o que convenhamos, até é verdade. Só que foi um Dakar muito, muito pequenino. Como aquele que não chegou a acontecer, no ano passado.
À velocidade a que as notícias correm e a acrescentar "pontos aos contos" desta maneira, presumo que, lá para Sexta-Feira, se ouça dizer que o meu carro é o Space Shuttle, no mínimo.
O que vale, é que são crianças que se contentam com pouco. E eu, orgulhosamente, sinto que partilho agora um pouco mais com a Elisabete Jacinto, do que simplesmente a profissão.
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