segunda-feira, 17 de agosto de 2009

A vida é justa ou injusta para os "maus da fita"?


Este pensamento tem-se mantido na minha mente desde uma conversa que tive com uma amiga dos meus pais.
Estávamos a falar de uma família muito rica cujos membros são pessoas de bastante má índole. têm prejudicado muita gente gente, particularmente empregados seus que dedicaram muitos anos ao seu trabalho sempre com esforço, empenho e lealdade. Passa-se de "bestial a besta" com alguma facilidade (nomeadamente em questões de exigências legítimas dos trabalhadores, por exemplo o pagamento de horas extraordinárias, etc.) e tudo o que foi feito para trás deixa de ter valor e importância.
Nesta conversa, essa amiga dos meus pais, a C., disse algo como "Eles ainda vão pagar! Têm feito mal a muita gente e desestabilizado muitas vidas."

A C. não é uma pessoa por aí além religiosa, daí que eu percebi que não se referia ao Inferno como forma de "pagamento" pelo mal que têm feito.

Prontamente respondi à C. que não sei se isso é assim. Há gente que passa pela vida a prejudicar toda a gente em seu benefício e escapa sempre "ileso".

O que acho é que quando somos prejudicados por pessoas assim, devemos utilizar isso para crescer e fazer mais e melhor. É como se estivéssemos a nadar numa piscina e alguém nos empurrasse para o fundo. Podemos usar essa força para bater com os pés no fundo e voltar à tona. Com mais garra, mais determinação e mais vontade. A minha postura tende a ser essa "Ai é? Queres-me prejudicar? Então agora é que eu vou mesmo melhorar. Não vais conseguir nem que a vaca tussa!". Conheço algumas pessoas que foram vítimas de pressão psicológica em locais de trabalho e hoje quase todas estão melhor do que antes (profissionalmente falando). E tenho a certeza que as que não estão, certamente irão ficar.

A C. concordou, disse inclusivamente que tenta ter essa postura em que"aquilo que não nos mata, fortalece-nos" mas retorquiu que às vezes é muito difícil. Eu bem sei que é. Se sei. Mas também sei que quando a nossa postura começa a ser essa os outros acabam por desistir porque de alguma forma percebem que não nos estão a atingir onde queriam.

Por isso, todos devemos perceber que quem é mau pode não ter um castigo, todavia o próprio acto de maldade já é um castigo para a própria pessoa que o comete. E nós, devemos distanciar-nos, viver ao lado das pessoas que nos querem bem e a quem queremos bem.
E isso basta.

4 comentários:

Sávio Fernandes disse...

Eu acredito mesmo no whay goes around comes around.

Sávio Fernandes disse...

*whaT

dislexia da treta.

Girl disse...

Gostava de acreditar nisso também. Espero vir a mudar de opinião nesse sentido.

E ao contrário? As pessoas boas também têm a devida recompensa?

Beijinhos

The Love Coach disse...

Yaps... Agora resta saber o que é uma pessoa boa.

Imagina alguém que vive continuamente a ajudar os outros. Vive desgraçada, miserável e infeliz mas ajuda sempre os outros.

Essa pessoa não está a ser boa para o ser mais importante da existência: ela própria.

E como se mutila pela sua não acção em relação a si própria... receberá situações cada vez mais penosas, cada vez mais desafiantes... até que possa finalmente compreender que ser egoísta, parar de viver para os outros e viver para si, é a maior dádiva com que pode presentear o mundo. Só depois de ser ela poderá - genuinamente - dar.

Assim.. o que aparentemente era uma pessoa "boa" a receber algo mau, era uma pessoa "boa" a receber o que era necessário para "aprender" o que tinha a aprender.

Ser bom e ser mau é algo MUITO relativo.

Um abraço

The Love Coach