sábado, 1 de agosto de 2009

Os (dois maiores) prazeres da vida

Comer e...bem... vocês certamente imaginam o outro. Para mim estão profundamente relacionados.

Gosto de ler livros sobre cozinha. Não livros de cozinha, bem entendido. Mas sim daqueles que falam sobre cuisine, cujo personagem principal é um chef ou uma cozinheira admirável.
Não raras as vezes, estes personagens seduzem o ser amado através da culinária. Quanto a mim, é a forma mais bonita, sensual e libidinosa de seduzir alguém.



Na vida real (fora dos livros e dos filmes), a grande maioria dos homens não sabe cozinhar, não quer aprender e está sempre à espera que a mulher o faça. Alguns até continuam, pela vida foram a elogiar continuamente os cozinhados da mãezinha, mas esses ficam para um futuro post.

A mim, calhou-me um príncipe que conta calorias. Adora "barritas" de cereais (que eu chamo de "alpista" e considero intragáveis), bem como maçãs e yogurtes. Este assunto já nos valeu alguns desentendimentos. Por vezes acontece ele contemplar o que vou comer e fazer aquele olhar reprovador, como quem diz "vais comer isso tudo?". Eu sinto-me um pouco recriminada e, sobretudo, incompreendida. Felizmente, damo-nos muito melhor noutros campos.
Para mim não faz sentido comer algo só porque "não faz mal" ou porque "não engorda". Não há nada melhor do que comer com as mãos, saborear e lamber os dedos.


Ando a ler um livro assim, o que me deixa...com água na boca.


«Quando chegou por fim a hora de comer, Bruno observou atentamente Laura a abrir o marisco, a enfiá-lo na boca com ruidosas expressões de deleite, os sucos amanteigados a escorrerem-lhe pelo queixo, conferindo-lhe um lustro brilhante na luz que esmorecia. Adorava a forma como ela comia: sem inibição nem culpa, lambendo o azeite dos dedos com prazer, deleitando-se com cada novo paladar e cada sabor desconhecido. Tinha visto muitas mulheres elegantes a depenicar delicadamente a comida como se fosse perigosa, a dar voltas com ela no prato ou a cortá-la minuciosamente em dezenas de pedacinhos para depois deixarem ficar metade. Laura comia com genuíno prazer e o prazer que ela sentia encontrava eco no seu próprio coração.»

in Receitas de Amor
de Anthony Capella



2 comentários:

Diana disse...

Apraz-me dizer...uma rapariga tem que comer bolas! ;)

Girl disse...

Ah se tem.

E aprecia a boa qualidade da sua comida. Pois sim.:)

Beijinhos linda