domingo, 28 de junho de 2009

Photoshop

A propósito da Rita Mendes e a sua incursão na edição mais recente da Playboy portuguesa, foi encetada em vários blogues (por exemplo aqui e aqui)uma pequena discussão com o tema "Uso de photoshop em fotos de revistas, sim ou não?".

Há muito tempo que este é tema de conversa de café, de fórum, de casa-de-banho, de festa de pijama, de sala de espera de dentista, etc. Eu própria, já falei disso inúmeras vezes.
Sou completamente contra o uso de photoshop. Acho que se compara a "concorrência desleal" visto que nós, mulheres normais, do dia-a-dia, que andamos na rua e trabalhamos em repartições de finanças, escolas, empresas, etc, não temos photoshop que nos valha quando conhecemos alguém. E na praia, não há cá photoshop que nos salve de mostrar o pneuzinho que teima em rodear a nossa cintura. E na cama com os nossas namorados também não há cá photoshop para eliminar a celulite. Somos assim, como somos e temos, forçosamente, de assumi-lo. Porque razão é que as famosas, que já ganham muito mais dinheiro e têm acesso a muito mais tratamentos (gratuitamente), mais roupas de estilista do que nós, ainda usufruem desta ferramenta? Além de serem fotografadas por profissionais, com luz e pose estudadas, terem acesso a maquilhadoras e cabeleireiros dos melhores ainda têm a ajuda posterior do amigo da Adobe! Para mim, colocar "bonecas que não existem" (porque, na verdade, aquilo não existe mesmo) nas revistas é apenas passar um atestado de estupidez a quem compra e lê a revista.

É por isso que depois vemos algumas famosas ao vivo e...Jesus...são... como dizer?... mulheres normais. (A exemplo disso temos a Cláudia Vieira que eu até considero "abaixo do normal".)

Daí que eu aplauda de pé campanhas como a da Dove (o elogio das mulheres reais) e valorizo tudo quanto possa aumentar a nossa auto-estima. Ser mulher não é fácil. As exigências a que temos de atender são cada vez maiores (que isto da emancipação é muito giro mas não nos facilita a vida) e a concorrência é cada vez mais selvagem. Por isso dou os parabéns a todos os que andam contra a corrente, a todos os que ainda valorizam a verdadeira beleza (a interior, que para esta não há cá silicones nem photoshops), a todos os que contribuem para que eu possa dizer às minhas alunas adolescentes que todas somos bonitas, cada uma com os seus encantos. Pode parecer chavão mas eu realmente acredito nisso.

Por tudo isto, Ritinha Mendes filha, não é que eu goste lá muito de ti, mas já subiste mais um pontinho na minha consideração (o outro, que já tinhas, era por mostrares na tv o teu cabelo encaracolado).

terça-feira, 23 de junho de 2009

Vigiar exames...

...é talvez a tarefa mais chata do mundo!

Temos de estar quase 3 horas, de pé. Sem poder falar, nem ler, nem murmurar. Nem nada.

Ontem, vigiei o exame nacional de Matemática de 9º ano. Só vos posso dizer, meus amigos, é um teste à paciência de qualquer um.

Cheguei cedinho, pela fresca, à escola, armada de garrafa de água de litro e meio (pois já sabia que as horas iam ser looooooooongas) e a primeira coisa que me foi dita é que eu tinha de remover o rótulo da garrafa. O quê? O rótulo? Pode saber-se porquê ou é segredo? Ah está nas regras? Enfim... devem ter medo que o rótulo tenha uma fórmula química da água e que as crianças olhem para aquilo e, repentinamente, saibam as respostas ao exame. Ai mas é que pode vir uma inspecção e estamos em maus lençóis se temos rótulos. Temos de seguir tudo à risca. Lá tirei o rótulo a dizer "Serra da Estrela" mas fiquei preocupada pois a garrafa continuava a ter umas letras com a validade e um código. Será que também era contra as regras?

Depois lá entraram as crianças. Foi feita a chamada. Foram sentados os meninos por ordem, como convém. Verificados os BI's e passados os problemas de não haver espaço para o número/código dos cartões de cidadão no cabeçalho da prova, lidas as fantásticas instruções, lá começaram as crianças a resolver a prova.

Aí começa o nosso pesadelo. O meu primeiro passatempo foi beber água de 5 em 5 minutos. Desta forma ia contando o tempo para a próxima vez que ia beber água. Lá me fui distraíndo. Faltam 3 minutos para beber água outra vez. Faltam 2... por aí fora. Rapidamente me fartei deste passatempo. Resolvi fazer formas imaginárias no chão com os meus passos. Andei a direito por entre as filas, em zigue-zague, a desenhar "8"..enfim... As pernas começaram a doer por estar tanto tempo de pé. Comecei a contar as tomadas da sala, eram 11. Os cabides para os meninos pendurarem os casacos eram 30. As lâmpadas eram 8, sendo que uma estava meia intermitente (deve fundir em breve). Quando estava a contar as placas do tecto falso já me sentia completamente extenuada a desejar por uma cadeira. E aqui começa a vontade de fazer chichi (não admira, tendo em conta a mais de metade da garrafa de água vazia). Má ideia a de beber água de 5 em 5 min., péssima ideia. E agora? Não podia ir ao WC, pois é contra as regras. Fiz sinal em gestos ao meu colega que estava aflita. Não me entendeu. Língua gestual não é o seu forte, nem o meu. Resolvi começar a contar as cadeiras que estavam encostadas lá atrás, junto à parede enquanto ignorava a vontade de fazer chichi. Eram 22. E a vontade de fazer chichi não passava. O meu colega olhava para os exames dos miúdos e fazia-me sinais como que a dizer "estão a espalhar-se ao comprido" e eu pensava "mas tu és de português, não deves entender nada disto". Ai...a casa-de-banho. Pagava agora para ir a uma. Pensei em contar os mosaicos do chão. A vontade de fazer chichi não me deixou. Parava sempre quando estava a chegar a meio. Rezava para que nenhum aluno quisesse utilizar os 30 minutos suplementares de tolerância. Contei mais 3 vezes as tomadas da sala (ainda assim não me estivesse a enganar). Pouco antes de terminar o tempo arranjei um divertimento fantástico: ver as fotos dos BI's e CC's dos alunos. E ver de onde são naturais, qual a freguesia de residência, os nomes dos pais. Nisto demorei cerca de 15 minutos. Maravilha. Mas a vontade não passa.

Fim do tempo. Será que nenhum aluno quer ficar? Merda! Há 6 alunos que querem usar a meia hora de tolerância. Estou feita. É hoje que vou fazer chichi pelas pernas abaixo. Em frente aos alunos. Que vergonha. Acaba hoje, aqui, a minha credibilidade profissional. Se ao menos pudesse sentar-me.

Sem saber muito bem como, consegui sair da sala viva, entregar os exames ao secretariado e correr para a casa-de-banho mais próxima.

Vigiar exames e tortura não são coisas assim tão diferentes!

domingo, 21 de junho de 2009

É oficialmente...

...Verão!!!!




Bem-vindo!

Considerações de uma madrugada de insónias


Há momentos na nossa vida que são decisivos. Há escolhas que nós fazemos que comprometem toda a nossa vida futura. Na altura ainda não sabemos, mas naquele preciso instante podemos estar a hipotecar a nossa felicidade (a decidir trilhar um caminho acidentado, cheio de pedregulhos e obstáculos) ou então podemos estar a lançar-nos para algo de desafiante e positivo. Creio que nunca pensamos muito sobre isso se tomarmos a melhor decisão. Todavia, se for ao contrário tendemos a pensar bastante nisso, arrependemos-nos, choramos, temos vontade de arrancar os cabelos, perguntamos como pudemos ser tão idiotas e procuramos seguir em frente. Quiçá tentar remediar. Colar os pedacinhos de nós que ficaram perdidos.

Sei bem do que falo porque tomei a decisão errada muitas vezes, demasiadas vezes. Atrever-me-ia a dizer que sou, possivelmente, uma das recordistas das decisões erradas neste mundo. Aprendi muito, é verdade, mas sofri demais. Não era preciso tanto. E, talvez por isso, tenha hoje uma vida longe, muito longe daquela que idealizei.

Não gosto muito de ouvir dizer que é preciso sofrer para aprender, ainda que haja nisso um pouco de verdade. E não aprecio por aí além as pessoas que dizem que nunca se arrependem de nada.

Eu arrependo-me, sim... de quase tudo. Se voltasse atrás refazia todas as decisões. Agiria de maneira diferente. Tomaria um outro rumo em quase todos os meus instantes decisivos.

É por isso que, agora, pondero muito bem (demasiado?) todas as minhas decisões. Ainda assim fico sempre na dúvida "será que estou no caminho certo? Não era melhor escolher o outro?". Sei que é impossível saber de antemão onde vai desembocar cada um dos caminhos. Mas as dúvidas são uma coisa quase avassaladora. Por vezes até dou por mim a recear que pensar demasiado me leve a tomar a pior decisão.

Resta-me rezar para estar certa desta vez.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Os miúdos a cada dia inventam uma nova...

...ao menos ninguém os pode acusar de falta de imaginação.

Então não é que a senhoras da limpeza se foram queixar ao Director do estado da mesa de um aluno? Até aqui tudo bem. Meninos que não sabem o significado da palavra "mesa" por oposição a "folha" e confundem as funções de cada um dos objectos é o que mais há.

Mas este foi inovador, resolveu escrever na sua mesa a seguinte mensagem (em letras tamanho gigante): "Se as empregadas da limpeza não limparem isto são parvas".

Já está fotografado e anexado à participação ao Director de Turma. Entretanto a mãe foi chamada à escola e já viu a obra de arte do filho.


Este é o primeiro ano que a limpeza da escola é efectuada por uma empresa externa e não pelas funcionárias. Lá naquela empresa devem-se dizer boas coisas desta escola...imagino!


PS: As aulas acabaram...Os pestinhas já estão de férias...! A vida está boa é para eles!





quarta-feira, 17 de junho de 2009

Testes....

Que os alunos escrevem muita asneira, toda a gente sabe. Os disparates que as crianças e adolescentes escrevem quando sujeitos a um teste de conhecimentos e competências adquiridos já deu matéria para livros, artigos da imprensa, e-mails que circulam por aí e posts em blogues.

Não obstante ser algo por demais conhecido, não vos consigo descrever a sensação de ter tentado fazer os alunos aprenderem uma coisa "certinha e direitinha" e depois ler as maiores barbaridades em testes.
Às vezes pergunto a mim mesma "Quando, mas QUANDO é que eu terei dito uma coisa sequer parecida?"
Quando leio algumas respostas ao meu príncipe, desatamos os dois à gargalhada como se não houvesse amanhã.

E o que é mais estranho, é que os alunos quando recebem o teste, vêm ter comigo e dizem: "Professora, viu este disparate que eu aqui escrevi? ahahahha... A resposta era aquilo assim assim não era? Na altura não me lembrei e então resolvi inventar!" E maneiras que é assim, surgem estas pérolas!

















Ficam aqui apenas algumas que já recolhi -os comentários a itálico são meus- (erros ortográficos foram mantidos propositadamente):


"A Taxa de mortalidade tem registado um pequeno aumento nos ultimos anos porque devido aos cuidados de saúde, à alimentação as mortes cada vez ficam mais elevadas por falta de cuidados"
(o problema é mesmo as mortes serem elevadas)


"Três medidas que devem ser tomadas no âmbito da política natalista são a degradação dos métodos conceptivos"
(O governo ainda não se lembrou disto...há que degradá-los pá...os "conceptivos" malvados ...porreiro pá)


Pergunta: Justifica a acusação de "falta de lealdade" que muitas vezes é imputada às empresas multinacionais e transnacionais.
Resposta: "Há falta de lealdade para com as empresas transnacionais porque se tivermos num país e fizermos uma compra numa transnacional do outro lado do mundo a encomenda pode não chegar ou pode chegar em mau estado."
(é realmente o principal problema das multinacionais...alguém que escreva para as administrações a avisar disto)



"A sigla ONG significa Organização das Nações de ajuda humanitária"
(certo...e porque não se chama ONAH em vez de ONG?)


A planta urbana representada designa-se "rectrerócêntrica".
(irra que até custei a transcrever isto para aqui...palavra de honra...devias estudar Filologia meu querido! És o próximo Tolkien)


"Uma migração que ocorre dentro do mesmo continente é intraespecífica e para outro continente é interespecífica."
(mas onde é que eles vão buscar isto???)



"Na 2ª Guerra Mundial as pessoas abandonavam Portugal para fugir à guerra e iam para países europeus"
(de génio!! E ainda nenhum historiador se debruçou sobre este fenómeno o que é de lamentar!)



"Um exemplo de uma migração forçada é o Barak Obama"
(hein?)



"Um exemplo de uma migração forçada é o Alberto João Jardim"
(era bom era)



"Migração é a deslocação de pessoas de um lado para o outro sem compremisso"
(se houver "compremissos" já não é migração...esta geração parece obcecada com a ausência de "compremissos")



"Uma consequência das migrações para as áreas de destino é porque quando os migrantes chegam, enchem as cidades de pessoas."
(o que dizer disto? malditos emigrantes!)



"o problema expresso na Banda Desenhada é o racismo e o descriminismo."
(eu diria que o "descriminismo" é mesmo o pior)



"Pode haver o racismo, ou outro tipo de racismo, tipo a forma de uma pessoa se veste...o racismo não é se trata só à cor da pele, mas também à forma de uma pessoa de veste, à forma financeira dos pais e muito mais"
(compreendido? é isso e muito mais)



"O ciclo de emigração foi o de 1910 e a sua causa foi a guerra colonial, montes de portugueses emigraram para África."
(é que eram montes deles...montes ...resmas!)



"O destino para onde os portugueses emigravam em 1960 era Portugal porque com o abrandamento da crise petrolífera e o fim da ditadura em 1974 e a adesão à União Europeia fez com que os portugueses quisessem ficar em Portugal."
(além dos portugueses EMIGRAREM para Portugal, ainda eram motivados por quase todos os acontecimentos históricos do séc. XX)



"A principal função urbana da Amadora é o turismo."
(brilhante...)



"A principal função urbana de Évora é rural."
(nova função urbana esta...função urbana rural..fantástico)



"A globalização é muitas pessoas viverem num planeta pequeno"
(é isso...a malta vai para Plutão-o planeta anão e vive totalmente globalizado)


"A globalização é o mundo estar cada vez mais fácil de transportar"
(sim, que isto com a globalização é assim! Basta a bagageira de um Smart ou de um Fiat 500!... Com jeito, com jeito ainda se leva numa acelera)


"O maior país da América do Norte é a Aserica"
(território esse ainda por descobrir)


"Diz-se que a América do Sul é muito rica culturalmente porque tem mais pessoas ricas e famosas"
(riqueza cultural ao mais alto nível)


"A cordilheira mais extensa do mundo é a Cordilheira Montanhosa"
(verdade!! é que não é uma cordilheira nada plana, é mesmo montanhosa!)


"O contexto histórico em que surgiu a necessidade dos países europeus se unirem em comunidade é o contexto da história antigamente que contava as histórias em que eles saíam dos países"
(mai nada!)


"Os objectivos da União europeia são os continentes, rios, ilhas, oceanos, etc."
(eu às vezes penso que os pequenos se enfrascam...só podem!)


"A última frase do texto está a falar dos tratados e quer dizer que a ultima frase está a explicar que os tratados dos países são tratados que são muito fundamentais"
(é que são tratados muito bem tratados mesmo..e são tratados muitos fundamentais)

"A tempratura varia com a latitude porque a latitude faz com que haja Sul e Norte."
(ahhhh...então é por isso...agora entendo porque é que a "tempratura" varia!!!)


"Isto acontece porque à medida que arrefece vai ficando mais frio."
(um Prémio Nobel para esta criança JÁ!!!)


Pergunta: O que entendes por Humidade Relativa?
Resposta: "Não entendo."
(sinceridade acima de tudo!)


"O tipo de chuva representado na figura é a chuva de precipitações porque está água a cair das nuvens."
(se eu soubesse que ia obter esta resposta teria perguntado a seguir "Que outros tipos de chuva conheces?")



"Das regiões A, B ou C a que apresenta pior condição para a fixação humana é a A (montanhas) porque está muito frio e na maior parte dos casos as pessoas parece que estam bêbadas o cérebro pára"
(o teu também parou, será que respondeste ao teste numa montanha?)


"A que apresenta pior condição para a fixação humana é a B (planalto) porque é muito perigosa. Por exemplo se nós nos pusermos lá emcima e se rebolarmos para baixo caimos logo. Se for na montanha se rebolarmos não nos aleijamos porque a montanha é inclinada."
(Deus me livre rebolar em planaltos e cair logo! É, de longe, muito melhor rebolar nas montanhas, que o digam os alpinistas que são "reboladores" profissionais de montanha...vejam lá se eles se aproximam de planaltos...nicles...é o medo...o medinho dos planaltos!)


FREEDOMMMMMMMMMMMM.........

Agora sim!!!! C'est fini! A montanha...aliás...o autêntico Everest de testes que se estabeleceu na minha secretária finalmente...desapareceu!!

Estão corrigidos e entregues!



Agora, vem ainda muito trabalho durante este mês e o próximo, contudo nada se compara a preparar aulas, ver testes e aturar as pestinhas (que dizem o mesmo de mim...lá está)!

Amanhã é o último dia de aulas. Depois, vem o stress das reuniões, entrega das actas, verificações de notas, pautas e registos biográficos.

terça-feira, 16 de junho de 2009

E para não dizerem que eu não posto nada...

...a não ser miúdas em lingerie e a contagem decrescente para o final dos testes (como se depois disso não viessem as notas, os parâmetros, as reuniões, as actas, os inventários e muito, muito trabalho burocrático...), aqui vos deixo pequenas surpresas surripiadas hoje, na última aula de uma turma.

Aviõezinhos de papel... que belo combate aéreo que eu estraguei!!!
E o belo do bilhetinho pré-férias entre um casalinho. O final está incompleto porque uma certa professora confiscou o bilhete antes do seu desfecho (tenho de aprender a conter-me, senão nunca sei o final das conversas interessantes tidas por bilhetinho-mail).

Transcript: -"Olha, eu tamb vou ter saudades tuas
ADR-TE
-Acredito mxm nisso!!
- Prk é k ñ haverias de acreditar?
- Tou a atru"

Aposto que a menina ia escrever "tou a atrofiar". Muito provavelmente com a aula. O que me leva a pensar que talvez seja melhor eu não saber mesmo o desenlace do bilhetinho.

Vou voltar às minhas correcções.

Fica prometido para amanhã o post com as calinadas dos testes. Já tenho cá uma lista...





Está quase..está quase!!!!!!!

...caminhando a passos largos até ao fim da montanha de testes que povoa(va) a minha secretária (não, não corrijo testes nesses preparos...se bem que com o calor..até apetecia).

...1 turma...falta apenas 1 turma...

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Ainda tenho muito trabalhinho pela frente...

...antes das desejadas férias. Contudo, a correcção dos testes está a dar-me matéria para posts muito animados... Me aguardem (lido com sotaque brásuca).


Por agora, a contagem decrescente...



...faltam 3 turmas... !

domingo, 14 de junho de 2009

Eu tinha razão...

...ah pois tinha!

O Sol anda mesmo a brincar às escondidas!!!!

O que nos vale é o céu! Quando não está a chover, está azulinho cheio daquelas nuvens brancas que parecem de algodão.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Hoje falei ao telefone com o meu avô

Ainda não vos falei do meu avô. Acreditem que é uma pessoa que vale a pena conhecer. Apesar de ter mais de 80 anos é uma pessoa muito jovem. Em alguns aspectos (mais do que seria expectável) é mais jovem que os meus pais. É uma pessoa muito trabalhadora e tem o seu lado "engenhocas". Está sempre a inventar novas coisas para fazer. Há pouco tempo queria pôr toda a sua casa a funcionar a energia solar. O meu avô tem telemóvel e sabe ler sms. Só não tem computador ligado à internet porque a minha avó (muito mais comedida e menos sonhadora) e os meus pais o mandam estar quieto, dizem que ele já não tem idade para essas coisas.

O meu avô viveu na França grande parte da sua vida, trabalhou por todo o território francês e construiu a piscina da casa da Brigitte Bardot. Sabe muitas, muitas histórias.

É, talvez, a pessoa mais teimosa que eu conheço. É tido na família como alguém com quem nem vale a pena discutir. Ele agarra-se às ideias e não larga. No entanto, quando bem argumentado, ele até aceita. Adora, simplesmente adora, aprender. Ainda hoje, com mais de 80 anos, quer saber coisas novas. Sabe imenso de história e gosta mesmo de Geografia.

Pergunta sempre pelos "meus meninos", se se portam bem e se me respeitam.

Hoje, ao telefone, perguntou-me o que é que eu tinha achado das europeias. Eu disse-lhe "mais do mesmo". Ele, muito orgulhoso disse-me "aqui na aldeia já fomos 15 a votar lá nos teus". (O meu avô chama isso ao partido em quem eu costumo votar, partido esse que o meu avô detestava mas em quem tem votado nas últimas eleições...). E continuou: "eu mais ou menos já descobri quem foram os 15...temos de ver se mudamos alguma coisa nisto...senão é sempre mais do mesmo e qualquer dia já ninguém nos salva".

Gostava de chegar à idade do meu avô com metade desta clarividência e desta abertura à mudança.
(Aqui o meu avô tinha cerca de 60 anos. A foto não lhe faz justiça, nem deixa ver bem os olhos verdes. Vá, digam lá quem não tem o seu quê de Mel Gibson...)

Desastrada, distraída, desajeitada

São algumas das palavras que me definem. Sou assim uma espécie de personificação das Leis de Murphy.

Tudo quanto pode acontecer, acontece. Coisas ridículas, caricatas, anedóticas e algumas até um pouco tristes.

Ontem de manhã saí de casa à pressa. Tinha ainda que ir deixar uns testes a fotocopiar antes da primeira aula.

Levava o original do teste numa mica, e lá fui, carregada com a pasta, o computador portátil em direcção ao carro.

Quando ia a passar pela carro do meu pai (uma bisarma que nós carinhosamente apelidamos de "banheira") acontece o mais inesperado: o teste conseguiu escapulir-me e ir parar DEBAIXO do carro. O que vale é que não estava a chover. E ali fiquei eu. atrasada..atrasadíssima, a tentar por todos os meios não me sujar enquanto fazia por resgatar as preciosas folhas de baixo do carro. Estava quase a desistir, a voltar para dentro de casa e imprimir outro teste. O meu braço era demasiado curto. Lá tentei com a perna e movi um pouco o teste. Depois consegui então recuperá-lo. Escusado será dizer que ri a bandeiras despregadas durante o caminho para a escola. Só a mim, é o que vis digo. Só a mim.

Moral da história: Se o meu pai tivesse um Smart, nada disto teria acontecido!!

terça-feira, 9 de junho de 2009

Programa para os feriados

Trabalho trabalho trabalho trabalho trabalho trabalho trabalho trabalho trabalho trabalho trabalho trabalho trabalho trabalho trabalho trabalho trabalho trabalho trabalho trabalho trabalho trabalho trabalho trabalho trabalho trabalho trabalho trabalho trabalho trabalho trabalho trabalho trabalho trabalho trabalho trabalho trabalho trabalho trabalho trabalho trabalho trabalho trabalho trabalho.

Uma festa que me está a dar suores frios (mais até do que a pilha de testes que tenho ali para ver...).


E mais trabalho. Não me estou a queixar. Hoje em dia ver testes é quase equivalente a assistir a uma comédia.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Eu sei que ontem já falei mal de um filme...

...aqui, e que já esgotei o stock de maledicência por 1 semana, mas posso dizer mal de só mais uma coisinha? Só uma, vá láaaaaaa.

Ok. Vocês são uns queridos!

Estava eu ontem no hipermercado, na fila das caixas para pagar, quando reparo nas revistas cor-de-rosa que por ali abundam. Eis senão quando me deparo com esta VIP:

Este post poderia falar sobre a doença do Nicolau Breyner, a Vicky Fernandes, ou até mesmo sobre o primo do D. Duarte que, segundo consta, viajava no malogrado avião da Air France. Mas
não, vou prender-me mesmo na "notícia" que figura no campo superior direito da revista.

Eu sei que todos nós temos acompanhado (queiramos ou não, é certo) a história da menina Alexandra. A vida que tinha com a família de acolhimento era feliz e agora vê-se enviada para um país estranho com uma família do mais desestruturado que pode haver (segundo parece). A sério que me sinto muito solidária com esta causa, contudo não consigo deixar de criticar estas notícias em catadupa desprovidas de qualquer sentido.

Ora então o tio da menina matou as crias da cadela. Ok, é chato, mas quantas pessoas o fazem? Porque motivo esse facto, corriqueiro na vida de qualquer dono de animais, sai na primeira página de uma publicação? Há coisas que me ultrapassam. MESMO!

domingo, 7 de junho de 2009

Eu sei que sou suspeita (pois não gosto nada de futebol)...

...mas...um filme que une a história de Romeu e Julieta num filme sobre futebol é um pouco ridículo não?

"O Romeu da história, um futebolista inglês a jogar numa equipa de futebol do Porto, que vive em brutal rivalidade com outro clube da Cidade Invicta. E é com a filha do dirigente desse clube que o jovem irá viver um amor para além de todas as barreiras.O romance é, naturalmente, dificultado pela rivalidade entre os dois clubes, personificada não só nos seus dirigentes como também em dois dos seus jogadores principais."*


A mais alguém isto parece assim uma coisa completamente surreal? Mais alguém ficou em choque com este absurdo? É que eu até pensei que era brincadeira do Dia das Mentiras (um pouco bizarra ainda assim), contudo olhei para o calendário e achei que era demasiado tarde para isso!



Shakespeare amigo, se me estás a ler, tu não estás sozinho! O Eça também já viu o seu Crime do Padre Amaro ser totalmente desvirtuado através das mamas da Soraia Chaves! Sim, eu sei que tu nem a isso tiveste direito, mas é a vidinha!


*Retirado daqui.

Ou muito me engano...

...ou o Sol anda a jogar às escondidas connosco!!




Se assim for, deixo esta mensagem:

"Desisto de brincar, querido Sol, podes aparecer!!! Ganhaste!!!!"

sábado, 6 de junho de 2009

Os professores sofrem!


Ontem, o intervalo da manhã na sala dos professores foi muito animado (para não dizer o contrário).
Entra a minha colega de Educação Musical, completamente furiosa, porque um aluno a mandou à merda, através de um escrito na mesa. E ela tinha fotografado tudo, lá estava a palavra MERDA em letras garrafais escrita no tampo.

Ainda estávamos no discurso de "isto dantes não era assim", "era um castigo exemplar é que mereciam" e "agora vêm cá os Encarregados de Educação e ainda o defendem", "assim não conseguimos fazer nada", "estou para ver o que será esta geração no futuro". E por aí fora...conversa de professores, vocês sabem como é.

Pois que, durante este discurso, entra a colega de Educação Visual. Vinha pálida e claramente afectada. Começa então a contar que, durante a sua aula, alguns meninos colaram uma fotografia de uma mulher nua na parede (que recortaram de uma revista que levaram para trabalhar). A minha colega só reparou quando os alunos já tinham saído. Escusado será dizer que levou grande parte do intervalo a raspar a parede. Lá voltou o burburinho do "isto está pela hora da morte", "em 30 anos de ensino nunca vi nada assim..." e tal...

Toca para a entrada, eu e outra colega não tínhamos aula àquela hora e íamos à reprografia tirar fotocópias quando encontramos a minha colega de Ciências Naturais. Vinha completamente transtornada (o que não é nada bom para uma grávida). Lá nos explicou que, à porta da sala de aula, um aluno disparou o extintor e ficou o corredor cheio de pó branco. Ela ia pedir aos funcionários uma vassoura e uma pá para o aluno limpar tudo. Eu já só me ria.

Acho que isto não anda bem. Não anda não.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Enfim...


C. - Professora o que significa "roça a falta de educação"?

Eu - Porque perguntas?

C. - Porque o professor de português escreveu um recado na caderneta para a minha mãe onde diz que o meu comportamento "roça a falta de educação".




Qual é o maior problema? A falta de educação ou de interpretação da língua materna?

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Sad but true


E o mais giro, é que foi um aluno a enviar-me este cartoon por e-mail...

terça-feira, 2 de junho de 2009

Eu bem queria...saber novidades,

relativamente ao meu futuro. Mas nada. Nadinha de notícias!

O que me vale é o Sol, o calor e este cheiro a Verão que anda no ar. No Verão, parece que nada me consegue abater.

E os meus alunos a dizerem-me que estou muito gira (contentam-se com pouco os meus queridos) também ajuda...oh se ajuda!!!

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Há pessoas que fogem dos chefes...

...e depois há o meu chefe que foge de mim!


Antes de almoço disse-me que tinha notícias, mas que logo falávamos. À tarde disse que amanhã falávamos e largou a correr que nem o Obikwelu o apanhava.

E eu ansiosa pelas notícias!!! Quanto mais terei de esperar...?

Feliz Dia da Criança



Cá em casa trocaram-se prendinhas, como no Natal. Isto diz alguma coisa sobre a minha família?

E desfez-se um mistério

(e só de pensar que bastou um dicionário de francês-francês...)


Pendant n.m. Objet ou personne symétrique que d'une autre par sa place, sa fonction, etc.



Às meninas que andam aí pelas internetes e hi5's a escrever "pandan": fiquem-se com esta.

Eu estou sempre a aprender caraças!