domingo, 4 de outubro de 2009

Há pior coisa...

...do que ir a um jantar em que:

a) Sou a pessoa mais gorda da mesa (parece um encontro da Central Models ao qual o Danny deVito no feminino foi parar por engano).

b) Quando chega a hora de pedir, toda a gente pede coisas deliciosas, com um cheiro divinal e uns molhos...altamente convidativos.

c) Eu, para manter a minha dieta, pedi a única coisa menos calórica do menu (uma salada de rúcula). Pois que era mesmo uma salada só de rúcula. Dá ideia que os senhores do restaurante compraram uma embalagem de meio quilo do Pingo Doce e despejaram-na no prato.

d) Tive de comer meio quilo de rúcula fria, a olhar para pratos maravilhosos e a declinar toda e qualquer oferta para provar (sob pena de lhes arrancar os pratos da frente e desatar a fugir).

e) É assim o diário de bordo da minha dieta.Mais ainda há coisas piores!!
No dia anterior foi pior ainda! Acordar cedíssimo, dar aulas todo o dia; vir a correr para casa; fazer uma limpeza-relâmpago ao quarto; arrumar o resto do saco para o fim-de-semana: ir a correr para o autocarro; chegar lá e saber que aquele autocarro já não existe; esperar pelo seguinte completamente em stress, a achar que já não vou chegar a tempo ao teatro para ver a peça que queria há anos; não ter tempo para comer nada; chegar a Lisboa e ir em alta velocidade para a peça; não ter tempo para comer nada; dentro do teatro estava um forno; não ter tempo para comer nada; a peça durou quase 3 horas; quando acabou...ir ao Bairro Alto relaxar e beber um copo...ahhhhh...não..o pior do dia (e da semana) estava para vir.

Encontrar um amigo do namorado com a gaja mais mete-nojo do mundo, que do alto da sua toilette cuidadosamente escolhida após o banho que se sucedeu ao seu regalado jantar e da maquilhagem criteriosamente colocada, resolveu mandar-me um sorriso irónico e do mais "Credo...és tão feia, sebosa e nojenta! sou tão tão tão melhor que tu! A sério sou mesmo boa!" (o meu namorado nunca mais acabava a conversa com o amigo e eu a aturar esta vaca) os olhares continuavam: "olha para mim, como sou maravilhosamente superior a ti. Comparada comigo, és uma larva, um fungo, uma bactéria". POR AMOR DE DEUS, quero-me ir embora daqui. E eu que estava cansada demais para lhe poder dar o meu olhar de "Se soubesses como é complicado viver com alguma coisa dentro da cabeça...!" Tirem-me de perto desta fulana que eu não respondo por mim. Fui logo, para casa a sentir-me tudo menos relaxada. Nunca mais vou ao Bairro Alto à noite para relaxar.

Alguém faz um favor à Humanidade e agarra num pouquinho de Napalm e erradica estas gajas para todo o sempre? A sério, é que não há paciência.

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