...que veio almoçar comigo. A um dos meus restaurantes favoritos, por sinal.
Ele adorou a comida (óptimo), teceu imensos elogios (excelente) e pareceu ficar muito satisfeito (maravilha).
Mas, e como nada é perfeito, rejeitou no final um fondue de chocolate e frutas. Aparentemente não "aprecia" fondue.
Alto. Há lá coisa mais sensual do que dois namorados a partilharem um fondue de frutas? Há lá coisa mais romântico-pegajosa?
Ninguém é perfeito. Verdade. Mas ele há defeitos bem piores que outros. E não gostar de fondue de frutas e chocolate, convenhamos, é mauzinho!!! Será que devo manter esta relação? Toda a gente devia fazer uma selecção de candidatos mais rigorosa bem como testes psicotécnicos intensivos que avaliem todas as afinidades e incompatibilidades. No meu, não gostar de fondue de chocolate e frutas seria factor eliminatório!
Estive com ele na véspera de Natal (e com minha querida amiga A.). Ele faz sempre visitas relâmpago à terrinha. Encontramo-nos, ele diz muito mas deixa muito mais por dizer. Responde-me a perguntas fazendo outras e deixa-me com uma infinidade de dúvidas que eu não tinha. Isto por entre abraços apertados e muitos mimos. O F. é dos meus amigos mais antigos e temos um sem-número de histórias em conjunto. Isto dá-nos uma cumplicidade sem par. Posso dizer que ele me conhece como quase ninguém. Por isso, a pergunta que deu a origem ao título deste post teve tanto sentido. E obteve como resposta o meu silêncio.
Hoje ia no carro (trânsito descomunal, parecia Nova Iorque e não uma terrinha do interior alentejano), fila para entrar no parque de estacionamento, uma chuva intensa... eis que começa a dar na rádio uma música de discoteca. Veio-me à cabeça a pergunta do F.! E também aquelas noites em que dancei até ao amanhecer. Em que pouco me importava se alguém olhava para mim ou não. Se estou gorda ou feia. Se o pneu à mostra ou se vou esborratar a maquilhagem. Se a roupa é adequada ou se me sinto desenquadrada. Se estou a agradar aos outros ou não. Sem me preocupar com o que vão pensar de mim. Simplesmente abanar o corpo ao ritmo da música sem pensar em mais nada. Não me lembro quando foi a última vez que aconteceu (a última das 2 ou 3 em que isso aconteceu em 27 anos). Sei que foi há muitos anos. Parece que foi numa outra vida, que não esta que vivo agora. Querido F., não sei quando foi a última vez que me diverti a sério. Mas acredita, farei tudo para que isso aconteça de novo tão depressa quanto possível. É só arranjar companhia da boa e lá vou eu...
Que o Menino Jesus, o Pai Natal e/ou o Cachorro Quente de Natal (consoante o que acreditem) vos traga tudo o que desejam.
Eu não posso pedir mais nada. Só uma coisinha. Pequenina. Para 2010. Que aliada à saúde e paz que, felizmente, tenho (e todos os meus também), me deixará muito, muito feliz.
Há uma revelação que tenho fazer perante a blogosfera. Eu...fico muito mal nas fotografias. É verdade. Sou linda e maravilhosa, disso não restam dúvidas. As máquinas fotográficas é que não conseguem captar isso. Provavelmente não têm os megapixels suficientes para tal.
Até me senti muito identificada com um episódio dos Friends em que o Chandler ficava sempre com caras terríveis nas fotografias. É por isso que me irritam as pessoas que têm aquelas fotos maravilhosas nas redes sociais. Algumas em contra-luz, outras muito naturais e outras ainda com um ar mesmo profissional. E falo de pessoas que eu conheço pessoalmente e são..digamos...normais! E nas fotos parecem capas de revista. Não é justo. Não é não. É por isso que continuo sem foto nenhuma no meu facebook.