Definitivamente, os homens da minha vida parece que se "uniram para me tramar"

Ao jantar foi o meu pai:

"Vais comer pão? E depois queixas-te que estás gorda".

Já não se pode comer uma fatia de pão?

Hão-de arranjar muitas amigas assim...

Há alguma coisa melhor...

...do que jantar com os amigos e não dizer nada...




....absolutamente NADA que se aproveite??

Vamos lá a ver se a gente se entende!

Homens, queridos, eu sei que vocês são um bocadinho básicos e tal. Que as mulheres são assim um bicho de sete cabeças, para lá de complicado, que nem as mentes mais brilhantes da História conseguiram entender.

Como eu sou extremamente bondosa e altruísta, aqui deixo uns conselhos para fazer prosperar a vossa vida com as mulheres (sobretudo na qualidade e na quantidade de...bem vocês sabem). Coisas simples, que qualquer um pode fazer na comodidade do seu lar e que oferecem melhorias comprovadas.


Situação 1:

Mulher: "Querido, estou tão gorda!"

(sim, pesa mais 10 kg do que quando a conheceram)

A tendência natural do homem é:
"Sim, estás um pouco gordinha. Porque não fazes dieta e não vais a um ginásio? É que estares a queixar-te que estás gorda e não fazeres nada para resolver...não tem sentido!"

ERRADO!!! Mas como é que alguém acha que isto é a coisa certa a dizer, sobre um assunto delicado como este???? (aprendam que eu não vivo sempre!!!)

CERTO:
Homem: "GORDA TU??? Ai querida, tu tens cada uma! Tu és uma mulher super elegante! Ainda no outro dia, na festa lá da empresa, vi as minhas colegas a olharem para ti com um ar invejoso. E ultimamente até me pareces mais magra do que quando te conheci."

(sucesso garantido)

Situação 2:

Mulher: "Olha aquela que vai a passar. É tão (bonita/elegante/nova)."

(vamos imaginar que sim, é mesmo uma boazona que vai ali a passar)

A tendência natural do homem é:
"Podes crer. Que mulherão (boazona/canhão/whatever)!"

ERRADO!!! Mas onde é que vocês andam com a cabeça???

CERTO:
Homem: "AQUELE CAMAFEU? AQUELA BISARMA ANAFADA? Amor tu não deves ter espelhos em casa. Tu dás 10 a 0 àquela...mas assim à vontade."

(esta dá direito a um noite muito animada)

Situação 3:
(A mulher está a experimentar umas calças, mas ficam-lhe assim um bocadinho mal. Vá, muito mal mesmo.)

Mulher: "Não gosto lá muito de me ver. Ficam-me bem estas calças amor?"

A tendência natural do homem é:

Homem: "Também não gosto. Fazem-te gorda."

ERRADO!!! Unbelievable! Onde é que vocês aprenderam a ter a sensibilidade de um bisonte enraivecido?

CERTO:
Homem: "A ti tudo te fica bem. És linda de qualquer maneira. És perfeita. Mas se não gostas de te ver, porque não levas aquelas outras que eu gosto tanto?"

Situação 4:

(O homem quer ir à praia no fim-de-semana.)

Mulher: Não posso ir...estou cheia de celulite.
Homem: Mostra.
Mulher: Olha.
A tendência natural do homem é:
"Xi..tens razão, porque não fazes aquele tratamento da Corporaciòn Dermoestetica que anuncia na televisão? Dizem que tem resultados garantidos."

ERRADO!!!Nem sei o que dizer a isto. O mais provável é garantir-vos uma greve que dure semanas.

CERTO:
Homem: "Celulite? Onde? Epa não vejo nada, despe lá um pouco melhor para eu analisar se tens ou não celulite.......Nop...continuo sem ver nada, importas-te que eu analise um pouco mais de perto?..."

(aqui estão à vontade para aproveitar a situação e fazer o que bem entenderem. Lembrem-se é de falar do orgulho que têm de ter uma mulher assim, que vai ser a inveja daquela praia e que se sentem inseguros face ao sucesso que ela poderá ter no sexo masculino)

Podia colocar mais situações, mas acho que estas chegam para ilustrar o que quero dizer.

PERCEBERAM? É assim tão difícil??? Basta ignorarem pneus, celulite e gorduras localizadas. Saber um pouco de moda e sobretudo, ter bons modos. Ninguém gosta de ouvir criticar o seu corte de cabelo, a sua roupa ou o seu peso! Principalmente nós, que já temos de lidar com descargas hormonais consoante a altura do mês que nos lixam completamente o sistema nervoso.

Além disso, parte-se do princípio que, se namoram connosco, é porque gostam de nós. Não queiram que mudemos ao fim de uns meses e, por uns quaisquer pózinhos perlimpimpim, fiquemos de repente parecidas com as gajas das revistas (que essas também não são o que parecem, bendito seja o Santo Photoshop).

Contentem-se com o que têm...ou deixem-nos em paz e vão tentar a vossa sorte com aquelas que vocês admiram. Isso dar-nos-ia motivo para rir durante 4 anos.

E pronto, aqui fica o meu conselho. Acreditem que poupa muitos dissabores.

Um dia na escola

Um grupo de alunas de 11/12 anos vêm ter com a professora completamente encolerizadas. As caras eram dignas de uma tragédia, como se tivesse acontecido alguma coisa de muito grave, um acidente de trânsito, ou algo assim.

Menina1: Professora, professora! Nem imagina o que aconteceu!

Professora: Qual é que foi o drama?

Menina1: Os rapazes andaram a mexer nas nossas coisas, no balneário.

Menina2: Remexeram tudo. TUDO! (nesta altura já tinham juntado cerca de 15 meninas, parecia uma manifestação)

Professora: Quem foram os rapazes?

Menina3: Eu só vi o Diogo.

Menina1: Sim, foi mesmo o Diogo. Mexeu nas minhas coisas e nas da Teresa. E nas da Luísa também.

Menina2: E na minhas! Mexeram-me em tudo. Em TUDO!

Professora: Estou a ver. Já falo com o Diogo. (nisto, azar dos azares, passa o Diogo...)

Menina3: Olhe, aqui está ele. Eu vi-te Diogo, mexeste nas nossas coisas.

Professora:Oh Diogo, chega aqui por favor (lá vem o Diogo, um pouco a contragosto, com aquele alvoroço).

Professora: Olha lá Diogo.....

Diogo: NÃO FUI EU. NÃO FUI EU PROFESSORA!!!!

Professora: Eu já disse alguma coisa? Acusei-te de alguma coisa?

Diogo: Não mas...

Menina3: Foste sim foste sim. Eu vi-te! E a Maria também te viu. E a Madalena. E a Inês, a Inês também viu. Todas vimos não foi? (todas confirmam com um acenar de cabeça)

Menina2: Eu bem vi, mexeste em tudo. Em TUDO!!!

Professora: Diogo, tens alguma coisa para me dizer?

(Diogo baixa a cabeça)

Diogo: (num fio de voz) Não fui eu professora. Foi o Rui.

Professora: (tenho de me baixar para o ouvir) O que fez o Rui?

Diogo: O Rui tirou-as e cheirou-as.

Professora: E tu, Diogo?

Diogo: Eu...eu...vesti-as...

Professora: Vestiste o quê Diogo???

Diogo: (ainda mais baixinho) ....as cuecas...

Professora: As cuecas de quem?

Diogo: (aponta para a menina2) Dela.

Professora: TU não trazes cuecas, Diogo?

Diogo: (acena afirmativamente com a cabeça)

Professora: Então porque tens de andar a vestir as cuecas das meninas?

O Diogo já não respondeu. Combinei falar com a directora de turma dos dois autores da brincadeira. E fugi para a sala de professores, para poder rir a bandeiras despregadas. Foi a anedota do dia.

Entretanto, um pouco mais à frente, encontro dois meninos que tinham andado à bulha. Lá tive de limpar o nariz de um, que estava a sangrar.

Enfim... de tédio nunca me poderei queixar nesta profissão.

Frustrações de uma mulher de 20 (e tal) anos

Uma das maiores frustrações pela qual passam as mulheres de 20 e tal anos (ou então sou só eu...) é o que vestir nas mais variadas ocasiões.

Por exemplo, quando temos uma festa, que não é exactamente formal, mas também não é informal. Aquilo a que as consultoras de moda gostam de chamar Casual Chic (sim, como já disse, lê-se com a boca cheia de favas Cajuol Chik).

Isto, meus amigos, pode (com uma elevada probabilidade) tornar-se uma verdadeira dor de cabeça para as mulheres de 20 e tal anos (ou então, é só mesmo para mim). Neste momento, ando com o nervoso miudinho de uma dessas ocasiões. Já discuti com o príncipe por causa disso, inclusivamente. E já lhe prometi que não volto a falar no assunto (asneira da grossa), pelo que estou sozinha, por mim mesma. Tenho de me safar.

Por isso resolvi tomar uma atitude adulta, madura e sensata: colocar a questão à consideração dos leitores deste blogue.

Eu até colocava ali uma poll daquelas com gráficos às cores, mas não sei fazer isso, o que é de lamentar. Como tal, a votação ocorre por e-mail. Só têm de votar numa das opções seguintes:

Opção A (também conhecida por opção "Temos pena")

"Que se lixe. Calço um par de ténis, umas calças rasgadas e uma t-shirt desbotada e vou assim. Quem quiser olhar, olha! Quem não quiser, olha para outro lado! Pacienciazinha!"

Opção B (também conhecida por opção "Procrastinar")

"Não me apetece chatear com esse assunto por agora, quando chegar à véspera logo me preocupo com isso... Tenho montanhas de tempo até lá."

Opção C (também conhecida por opção "Ter um ataque de nervos e ainda assim não encontrar nada para vestir")

"Corro as lojas todas, até ao mais ínfimo pormenor, nem o mais pequeno alfinete me há-de escapar. Há-de haver alguma coisa na superfície terrestre que me fique bem. Oh se há! (riso maquiavélico estilo-Cruella-dos-101-dálmatas)"


Opção D (também conhecida por opção "Dor de cabeça/de dentes/morreu-o-meu cão-e-apesar-de-eu-ter-fobia-de-cães-tinha-lhe-muito-amor..whatever")

"Chega-se ao dia e digo que não posso ir inventando uma desculpa."


Opção E (também conhecida por opção "Forrest Gump no feminino")

"Largo tudo o que tenho na mão e corro...fujo a sete pés, e só páro quando chegar... à Rússia"


Agradeço, desde já, a vossa colaboração. Só queria pedir mais um favorzinho, pode ser? Por favor, por favor não escolham a opção E, é que parecendo que não, a Rússia ainda é longe...e correr isso tudo... é coisa para cansar um bocadinho. Além do mais, eu tenho de estar cá, a tempo das avaliações finais. Muito obrigado, sim? São uns queridos vocês, uns queridos.

Hoje acordei feliz

Há muito que não acontecia. Apesar de um sonho um bocado estranho, acordei assim...muito leve. Estiquei o cabelo, como sempre, e nem me importei com o facto de estar a ficar tudo emaranhado. Há dias destes. Em que nada nos parece afectar. A roupa parece assentar melhor do que nunca... saí à rua e... tcharam... um Sol radioso. Um autêntico dia de Verão...eich...perfeito! Que saudades do Verão!

Chegamos à escola ainda a tempo de beber um cafezinho e dar 2 dedos de conversa com as colegas... e rir a contar os sonhos que tivemos.

Até que a primeira aula estraga tudo. Tudinho. O projector de vídeo não quis funcionar com o computador.Os alunos pareciam tresmalhados enquanto eu tentava orientar-me no meio dos cabos e teclas "Fn+f5, desliga cabo, liga computador, não deu?, ligar primeiro o projector, também não dá?"

Com isto perdi quase metade da aula. Acabei por desistir e os grupos que iam apresentar em powerpoint ficaram para a próxima aula.

No entanto, os alunos continuaram a portar-se mal, sem prestar atenção às apresentações que cada grupo ia fazendo. Gozavam uns com os outros, apanhei desenhos de caricatura a uma menina da turma que é muito boa aluna.

Eu ralhava, mas sentia que era o mesmo que estar a dizer Bla-bla-bla. O bom tempo tem destas desvantagens nos alunos. Mas aquilo foi demais. Trouxe uns quantos recados para escrever e saí daquela aula a sentir que me tinha passado um camião por cima.

Hoje é daqueles dias em que, se pudesse, mudava de profissão. A sério.

Conhecem a sensação...

...de estar à espera de notícias?

Daquelas notícias importantes que alteram o nosso futuro! Aquela espera que nos dá um frio na barriga, nos deixa constantemente inquietos, não conseguimos parar de pensar nisso, não conseguimos trabalhar, nem ouvir música, nem ler, nem ver tv...

Não nos conseguimos abstrair.

Conhecem?



Eu estou assim! À beira de um ataque de nervos.

Há dias na vida de um(a) professor(a)...

...em que ele(a) acha que já esteve mais longe de dar entrada num centro de saúde mental.

...

Hoje li a melhor carta de amor de sempre. Não era dirigida a mim (nem faço ideia a quem) e não sei quem a escreveu. Dei com ela num blogue, por acaso. Diz-se que as melhores coisas da vida acontecem assim, por acaso. Como esta. Apareceu por acaso e por acaso a li. Já a guardei, já a reli e tenho agora um novo objectivo de vida:

Ser um dia merecedora de receber uma carta como aquela. Não tem de ter as mesmas palavras, nem sequer parecidas. Mas tem de ter aquele mesmo sentimento. Aquele sentimento simples, sem lamechices. Aquele sentimento muito cru e real, que nos consome e que é maior, muito maior do que nós.

E eis que chove...

...por fora e por dentro de mim.






Será que o Sol vai voltar a brilhar?

Há 19 anos atrás...

... eu estava na escola. Ainda não eram horas de sair, nem de intervalo, mas o meu pai veio à sala buscar-me. Eu desconfiei logo do que se tratava. Não me lembro do caminho entre a escola e o hospital, só me lembro de entrar no quarto em que estava a minha mãe e ela. Era gordinha e muito cor-de-rosa. Eu escolhi-lhe o nome e os meus pais fizeram-me a vontade.
Nos dias seguintes, algumas complicações relacionadas com a saúde da nossa mãe impedira-nas de vir logo para casa o que me deixou muito ansiosa.
Quando finalmente veio, dormia muito e eu ficava tempo e tempo à espera que acordasse para brincar com ela e pegar-lhe ao colo.
Muitos anos depois ficámos as melhores amigas, apesar dos 8 anos de diferença de idade. Até hoje.

Hoje, é o seu aniversário. Parabéns maninha!

E o que traz o bom tempo??...

...Traz morangos e cerejas.




Sabiam que, na primeira vez no ano em que comemos cerejas, devemos pedir um desejo?

Quem é amiga? Quem é?

Vá 'bora desejar muito!

Hoje não me apetece ver ninguém...

...só quero estar fechada no meu canto sem que ninguém me diga nada. Queria esvaziar a cabeça (e o coração), deixar de pensar, de sentir, de ser. Por um dia queria apenas poder... F...U...G...I...R...

O que fazer num dia...

...em que a nossa dor de cabeça nos retira toda a paciência e o mundo parece querer implicar connosco?

Fim-de-semana com os alunos...

Este fim-de-semana estive ausente, em visita de estudo com alguns dos meus alunos. Este post poderia bem ser sobre o trabalho não remunerado (e em prejuízo da vida pessoal...) que os professores têm nestas alturas e que ninguém sabe nem comenta (é muito mais giro falarem das férias que temos ou do facto de não fazermos nada..aham). Mas não.

Por questões relacionadas com a logística da visita e preparação de actividades, fui obrigada a ir na véspera (Sexta-Feira) para o local a visitar e a levar o meu carro.

Lá estacionei mesmo à entrada do edifício, pois tinha muitos materiais para descarregar. No dia seguinte, chegaram os meus alunos e reconheceram o meu carrito no estacionamento. Quando um dos seguranças se apercebeu, veio pedir-me que retirasse o carro pois não é permitido estacionar ali, só durante o tempo mínimo indispensável para efectuar cargas e descargas. Eu lá fui remover a viatura com três alunos a esvoaçar à minha volta a pedir para os deixar andar comigo no popó.

Lá acedi. Vieram comigo dentro do carro percorrer cerca de 20 metros em terra batida. Mal entraram no carro acharam tudo "um espectáculo", mas o sucesso total foi a caixa automática que eles nunca tinham visto. "Ehhh láaaaa como é que isso funciona? Isso muda mesmo sozinho? Altamente!!!!" Lá expliquei como funcionava e demonstrei a passagem da 1ª mudança para a 2ª em modo automático e, da 2ª para a 3ª em modo sequencial. É óbvio que, para isso acontecer, tive de acelerar um bocadinho mas nada, mesmo nada de especial. Qual não é o meu espanto quando os ouço a fazer comentários do tipo "parece que estamos a fazer RALLY!".

Eu sei, eu sei que o meu carro é um maquinão. Que os 1000 cc de cilindrada e os 69 cv de potência são uma coisa parva, além do binário que é algo que extravasa tudo que se possa imaginar. O ronco do motor faz-se sentir de uma forma magnífica. Daí até estarmos a fazer rally, ainda vai alguma distância. Mas eles acharam que não. Que era mesmo como rally. Hoje na escola comentava-se (entre os alunos que estiveram no carro e os que não foram à visita de estudo) que protagonizámos um autêntico Dakar, o que convenhamos, até é verdade. Só que foi um Dakar muito, muito pequenino. Como aquele que não chegou a acontecer, no ano passado.

À velocidade a que as notícias correm e a acrescentar "pontos aos contos" desta maneira, presumo que, lá para Sexta-Feira, se ouça dizer que o meu carro é o Space Shuttle, no mínimo.

O que vale, é que são crianças que se contentam com pouco. E eu, orgulhosamente, sinto que partilho agora um pouco mais com a Elisabete Jacinto, do que simplesmente a profissão.

Ser professor é...

Ora, que eu sou professora, já toda a blogosfera e arredores sabe. Que, por vezes, acho que a minha profissão tem um nome demasiado curtinho e simplista, também. Era muito giro poder dizer que "sou não-sei-das-quantas-bla-bla-bla na Galp-Energia" ou então "responsável por não-sei-o-quê-yada-yada-yada na Microsoft". Não é o caso. Mas a Girl, a falar na 3ª pessoa qual jogador de futebol, não se deixa abater. Não deixa não senhor! A Girl gosta da sua profissão, oh se gosta e como tal vai defendê-la com unhas e dentes. Segue-se um post (quando tiver material prometo publicar outros) que vai mostrar que a profissão docente é a mais glamourosa de todos os tempos. Ah pois é!

A primeira coisa glamourosa é a quantidade de bilhetinhos que uma professora tem a oportunidade de confiscar. Mas que belas gargalhadas me têm valido. (aqui para nós, nunca ouvi falar de alguma responsável pela "blablabla-whiskas-saquetas na Bang-Olufsen" ter encontrado bilhetinhos, pois não encontrou não senhor).
Eu sei que vocês estão ansiosos por saber o que dizem esses mitológicos bilhetinhos!! Pois que dizem de tudo, meus queridos leitores. Ele há de tudo, como na farmácia. Combinam-se festas ("vais à festa? vai lá! tens de ir! se tu não fores a minha mãe não me deixa ir! vais? boa! eu também vou! achas que ele vai? oh espero que sim senão tenho um ataque"), fala-se de códigos de vestir ("amanhã vou trazer a mini-saia verde. Também tens de trazer mini-saia para eu não ser a única. traz lá, senão eu morro de vergonha!"), fala-se do interesse que as aulas suscitam ("epa que seca! se eu me deixar dormir e começar a ressonar acorda-me!") enfim... é todo um mundo de comunicações sob a forma escrita.

Aqui ficam alguns exemplos devidamente comentados:




Ora aqui temos um rapaz a ser muito queridinho com a rapariga, afinal ele só quer que ela mostre as cuecas. Nada de mais! Estas raparigas de hoje em dia acobardam-se à mínima. Nem posso crer. O que vale é que o rapaz é tão bondoso que vai pensar noutro castigo. Ainda dizem que esta juventude não é caridosa.














(Para quem não entendeu, o bilhetinho diz "eu kero mas ela tem uma beca de vergonha")

Pois é, meus amigos! Estas miúdas são umas envergonhadas que não se entende! Não queiram estar na pele dos rapazitos da actualidade! Ai como um rapaz sofre! Ele a querer tanto e ela com uma beca (que será isso?) de vergonha!



Depois de apanhados uns quantos bilhetinhos destes, a malta começou a ficar mais refinada. Os rapazes inventaram toda uma nova escrita que lhes permitia que, apenas os detentores da chave, decifrassem as mensagens. Isto mantinha os professores na ignorância, mas sobretudo o seu inimigo principal: as meninas da turma. Que filólogos! Esta gente é uma cambada de geniozinhos multifacetados! Ou isso, ou andam a ler demasiados livros do Dan Brown.





Em seguida, as meninas não se ficaram, e vá de inventar também elas um código (acho bem, é guerra é guerra! que isto dos bilhetinhos é uma coisa muito séria! ainda praí descobriam que as meninas os acham parvos ou que vão trazer a mini-saia no dia seguinte e depois? como é? estragava-se a surpresa toda, não pode ser!).


A chatice é que eu apanhei as mensagens e as respectivas chaves! (Sou mesmo desmancha-prazeres) Disse-lhes que ia decifrar aquilo tudo e entregar ao director! Apanharam o susto da vida!

Posto isto, tenho a certeza que ninguém discorda que a profissão de professor é a melhor, a mais cómica e menos aborrecida. Nesta vida de do(c)ente, ninguém sabe o significado da palavra "tédio".


(Os disparates que aparecem nos testes ficam para uma próxima.Está prometido)

Não sei o que seria de mim...

...se não fossem estas quartas-feiras!


Parabéns! (e desculpa não me ter lembrado da data...)

Sempre me fez alguma confusão...

...a existência de pessoas que idolatram outras só por aparecerem na televisão. Acho normal haver um respeito pelo trabalho, uma grande admiração ou até uma inveja desmesurada (como eu sinto pela Helen Svedin... "benzá" Deus). No entanto, aquelas raparigas que, durante a adolescência, andam com fotos dos ídolos na carteira, mais posters na parede e tal...sempre me causaram brotoeja. Sobretudo quando isso acontece com jogadores de futebol.
Sempre pensei assim, mesmo durante a minha adolescência. As minhas amigas devoravam a revista Ragazza, mais a Bravo e a Super Pop (não, não era o detergente), enquanto eu levava uma existência aborrecida.
Quis a vida que eu, já na idade adulta, começasse a sentir uma grande admiração por uma figura pública...e logo ... (imagine-se) um jogador de futebol!!!! Tudo bem que não era idolatrar (só tinha umas 850 mil fotos dele no meu computador, coisa pouca), eu nem sequer queria nada de especial dele (tipo um casamento numa boda simples só com as famílias e o fotógrafo). Mas sentia (sinto) por ele, um grande respeito e admiração. Só ele me fazia ver os jogos do "Sportem". É claro que o infeliz resolveu casar (não comigo) o que muito me desiludiu (e a ele também, ele é que não sabe) e depois terminou a sua carreira como jogador. Apesar desta desconsideração que teve pela minha pessoa, continuo a gostar dele. Continua a ser rapaz porreirito e detém, ainda hoje, o record do jogador mais inteligente e mais bem falante da História. Só por isso, de certeza que já adivinharam quem é!!!



E hoje é um dia especial para ele, por isso aqui deixo umas palavras:

"Rui Jorge querido, em primeiro lugar és um charme nunca antes visto no futebol mundial (podes ir dizer ao Beckam que a Girl te acha infinitamente melhor do que ele...sim eu espero...já disseste? o quê insultaste-lhe a mulher? melhor ainda!). Depois, sabes falar, daí o FCP te tenha mandado embora e o Sporting não te tenha dado valor (é o clube onde cresceu o CR7, sabem lá articular 3 sílabas). Mas eu, sim eu valorizo-te coisamailinda! E se te divorciares, já sabes...esquece! Eu agora já tenho o meu príncipe, por isso...perdeste a tua oportunidade! Mas enfim, tu não guardas ressentimentos, pois não giraço? Toda a sorte do mundo como treinador do nosso clube!!!! Belenenses sempre!!!"

Sempre me peguntei...

...porque é que os homens gostam de nos mexer na barriga?

É que, caso não saibam, é só assim a parte que nós tendemos a gostar menos em nós próprias. A parte que mais leva mulheres a inscrever-se em ginásios e a ir àquelas aulas de tortura disfarçadas de ABS bla-bla.

E quando perguntamos a razão:

"Porque gostas de mexer na minha barriga?"

Obtemos a resposta que mais temíamos na vida:

"Porque é tão...fofinha!"

É mau demais, simplesmente mau demais!!

How I met your mother

É por demais conhecido o meu gosto por séries (cerca de 3 ou 4 pessoas já sabem disso há algum tempo). Ultimamente, tem sido o meu passatempo favorito. Já vi o Sexo e Cidade de uma ponta à outra, várias vezes. É escusado falar sobre esta série, não há gaija que não a adore, que não a ame de paixão. Que não se reveja em pelo menos uma, das fabulosas quatro. Que não se identifique com muitas das situações retratadas. É muito possível que continue a rever aqueles episódios (e o filme) até ser velhinha.


Actualmente ando a ver o How I Met Your Mother ("Foi assim que aconteceu", em português).

Farto-me de rir com as maluqueiras, com aquele humor que roça o non-sense (a maior parte do tempo).

Adoro a ingenuidade dos relacionamentos, adoro a forma como, ao vermos os episódios, voltamos a acreditar no amor puro, carinhoso e doce.

Só detesto a Robin. Quem lhe deu autorização para ser tão gira e perfeitinha? Não se faz! Uma miúda a querer ver uma série para se rir e sentir bem e logo aparece aquela autêntica top model para estragar os planos. Fora isso, recomendo.

Descupem lá, mas...

...que merda de tempo vem a ser este?

Socorro!

Preciso URGENTEMENTE de uns trapinhos para usar na noite de Santo António. Nada de muito elaborado...assim para o casual chic (ler com sotaque inglês...algo como Cajuol Chiic). Se alguém tiver alguma ideia (pleeeeaaaseeeeee!!!) é só enviar mail para a caixa de correio: raparigadaslaranjas@gmail.com.

O Santo António, para santo, está a dar-me muito trabalho!

As quartas-feiras são o melhor dia da semana...

...não são?

E não é que...

...uma pessoa põe "solteira" no facebook e logo chovem convites para almoçar?

Pelos vistos a crise que aí anda não é só económico-financeira!!!

Haja paciência.

(Ainda se fosse um lanchinho agora almoço...pfff...almoçar eu tenho de almoçar na cantina da escola a ouvir o som relaxante das crianças a comer)

(Para quem não entendeu nada, é favor ver o post sobre o Facebook.)

Se procurava um Domingo só para mim...

...descansado e livre de stress, foi tudo o que não consegui ter.

Agora, nas minhas duas horinhas do dia só para mim, estava a escrever um grande post para o blogue, que acabou de se pagar todo.

Só tenho vontade de dizer asneiras...

Que final mais que perfeito para um dia de porcaria.

Solteiro, ein...?

Serve o presente para informar toda a comunidade que finalmente aderi ao Facebook.

Eu já era membro do hi5, desde os tempos da Primeira Guerra Mundial. Já tinha por lá todos os alunos e ex-alunos, amigos da faculdade e da primária, colegas de trabalho e afins. Confesso que era uma forma quase perfeita de dar asas à minha veia de cusca.

Recentemente, tenho sido aliciada por multidões em euforia a pedir que eu ingresse na comunidade Facebook. "Ah e tal é como o hi5, mas mais adulto". "Tem gente muito mais assim da nossa idade". "O hi5 anda cheio de mariquices". "Ultimamente o hi5 é só chungaria". Uma das vozes mais insistentes era a do meu príncipe, que tem hi5 mas não gosta. Já o Facebook motiva-o a ir lá todos os dias, a comunicar com os amigos, a fazer convites para festas e comentários. Lá me dizia que o Facebook é muito giro, muito moderno. Que só em Portugal é que o hi5 tem adeptos, nos outros países mais avançados o Facebook é que é, e mais o diabo a quatro.
Mas eu, intransigentesinha, obstinada como uma porta que range, lá me fiquei pelo hi5.

Até ontem.
Além de não ter nada para fazer, acresce o facto de ter recebido mais um convite via e-mail para fazer parte da famosa comunidade. E eu, farta de tanta argumentação, tanto pedido, tanta súplica, lá me inscrevi. Em má hora, devo dizer.

Primeiro que tudo, tive de responder a 350 mil questões sobre mim (coisa tão interessante). Filmes favoritos, séries favoritas, citação favorita e mais não sei quantas coisas. Falta lá a tampa de sanita favorita para completar toda a minha informação.
Estado Civil? "Solteira" (não isso não!) "Numa relação.." (sim, por acaso...) ou "Comprometido(a)" (com esta é que me lixaram!). Ora eu estou numa relação ou estou comprometida? Não existe "ambas as hipóteses anteriores"? Quem está numa relação não está comprometido? E o contrário?
Após pensar um bocadinho, achei melhor colocar o "Numa relação" na esperança que o meu príncipe não se chateasse comigo por pensar que não me sinto comprometida com ele. Foi então um "numa relação" pleno de problemas de consciência!

Em seguida começou o segundo problema: as fotos! É verdade! A vossa amiga Girl não tem uma fotozinha de jeito. Andei à procura de uma que estivesse desfocada (a minha irmã tem muito jeito para este estilo de fotos) mas nada! Lá coloquei umas 3 ou 4 antigas, que já figuravam no hi5, e enchi-me de esperança para que a malta do Facebook (esse pessoal tão adulto e evoluído) não tivesse um colapso quando as visse.

Após estar umas quantas horas a tentar entender como funciona aquilo, eis que o príncipe aceita o meu pedido de amizade.

Qual não é o meu espanto quando chego ao perfil dele e vejo... "Solteiro"!!!!!!
Nem "Numa relação" nem "Comprometido". Ora toma! Ia-me dando uma indigestão.
E pronto, fui logo mudar o meu estado civil para "solteira" coisa que até há uns minutos atrás não me passava pela cabeça. O meu azar é que isso é capaz de chamar a atenção, pois o Facebook faz questão de anunciar na minha primeira página "Girl voltou a estar solteira".

E são assim as minhas deambulações pelas comunidades virtuais. Agora nem que me ofereçam muito dinheiro. Não volto a inscrever-me em mais nenhuma (temos pena querido Twitter).

Longe de ter um ataque de nervos...

...estive eu hoje. Benditos sejam os feriados em que não temos nada marcado. Podemos dormir muitas horas e recarregar baterias, bem como fazer aquilo que tínhamos pensado há muito tempo, mas ainda não tinha surgido a oportunidade.

Umas das actividades agendadas para um momento de ócio era ver os filmes do Pedro Almodòvar, que ando religiosamente a coleccionar, através da Visão e do Expresso.

Hoje revi o Mulheres à Beira de um Ataque de Nervos. Já o tinha visto, quando era adolescente. Adoro o filme, adoro os actores. Acho o Almodòvar um génio.

O facto de um homem retratar tão bem o mundo feminino, com tanto humor e respeito ao mesmo tempo dá-me que pensar.

A mim, que já me senti umas quantas vezes à beira de um ataque de nervos (alguma mulher nunca sentiu?), este filme fala comigo de forma particular. Como compreendo a Pepa, os seus dramas e as suas crises.

Sem dúvida, uma das melhores comédias de sempre.

A reter: «É muito mais fácil aprender mecânica do que psicologia masculina. A uma moto podes conhecê-la a fundo. A um homem jamais, Ana, jamais.»